Curso de termodinâmica/Capacidade calorífica: diferenças entre revisões

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Edição atual desde as 03h43min de 12 de junho de 2021

Primeira lei da da termodinâmica
Primeira lei
Trabalho
Entalpia
C.calorífica
G. perfeitos
Termoquímica
Metabolismo

A capacidade calorífica C mede o efeito da adição de calor sobre a temperatura do sistema. Em outros termos, é uma medição da energia térmica que precisamos adicionar ou retirar do sistema para modificar a sua temperatura. Rigorosamente:


C=limΔT0QΔT

com dimensões [C]=[energia]/[temperatura].

A capacidade calorífica não é, em geral, uma função de estado. Porém, na transformação com volume ou pressão constantes, existe uma ligação entre o calor Q e a mudança de E ou de H.


CV=limΔT0QVΔT=(ET)V a volume constante
CP=limΔT0QPΔT=(HT)P a pressão constante



CV eCPsão funções de estado.

A capacidade calorífica dos corpos puros varia com a temperatura. Por este motivo, representamos, as vezes, a capacidade calorífica por uma função mais ou menos complexa de T. Por exemplo, para CO2 (g) sob uma pressão de 0.1 atm:

CP=44.2+8.79*103T8.62*105T2(J.mol1.K1)



Relação entre CP e CV (caso geral)

Das definições das capacidades caloríficas temos :


CPCV=(HT)P(ET)V


que fica, utilizando a definição de H:


CPCV=(ET)P+((PV)T)P(ET)V


ou ainda


CpCV=(ET)P+P(VT)P(ET)V

Para simplificar mais, precisa explicar como E varia com a temperatura a pressão constante. A energia é uma função de estado de P, V e T. Porém P, V e T são ligados pela equação de estado do sistema. Só há então duas variáveis independentes. Podemos expressar E em relação de qualquer par de variáveis escolhidas entre as três. Se nos expressar-mos E em relação a T e V, por exemplo, a diferencial dE se escreve:

dE=(EV)TdV+(ET)VdT



Porém, a equação de estado permite de expressar V em relação de T e P. Esta função V(T,P) tem uma diferencial total exata:

dV=(VT)PdT+(VP)TdP


Substituindo dV assim obtido na diferencial dE:

dE=(ET)VdT+(EV)T[(VT)PdT+(VP)T]dP


ou ainda:

dE=[(ET)V+(EV)T(VT)P]dT+[(EV)T(VP)T]dP


Este resultado deve ser comparado com a diferencial total de E expressa, esta vez em relação a P e T:


dE=(ET)PdT+(EP)TdP

Como P e T são, neste caso, as duas variáveis independentes, dV e dT podem tomar qualquer valor (infinitamente pequenas) e precisa então que :

(ET)P=(ET)V+(EV)T(VT)P


o que leva, após rearranjo, a :


CpCV=(P+(EV)T)(VT)P



(EV)Tque mede a mudança de energia do sistema sob o efeito de uma mudança isoterma de volume , tem as dimensões de uma pressão. Chama se pressão interna do sistema.

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