Análise rn/Espaços vetoriais

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Espaço Vetorial n

  • Definição:
O espaço euclidiano n-dimensional é o produto cartesiano de n fatores iguais a , cujo n:
n=×××
Quando n = 1 (reta); n = 2 (plano); n = 3 (espaço euclidiano tridimensional); n = 0 (espaço nulo)
  • Os pontos an:
são todos os pontos a = (a1,a2,,an), onde a1,a2,,an
  • Unicidade de pontos:
Dados a = (a1,a2,,an) e b = (b1,b2,,bn). Temos que a=bai=bi,iIn
Relembrando da análise real que In={i;1in}

Propriedades do Espaço Vetorial n

  • Soma e produto no n
Dados a,bn,α
a+b=(a1+b1,,an+bn)
αa=(αa1,,αan)
  • Estas operações fazem de n um espaço vetorial de dimensão n sobre o corpo dos .
O elemento neutro para adição é 0=(0,0,...,0)
O simétrico de a é a assim a=(a1,a2,,an)
  • Os elementos an serão chamados pontos ou vetores
  • Chamaremos aplicação linear ao invés de transformação linear.
  • A base canônica de n é formada pelos vetores:
e1=(1,0,0,0,,0,0,0);e2=(0,1,0,0,,0,0,0);;en=(0,0,0,0,,0,0,1)
  • Dado an temos que a=i=1naiei

Exemplos

  • Podemos estabelecer uma bijeção natural entre o conjunto 𝔏(m;n) das aplicações lineares A:mn e o conjunto M(n×m) das matrizes reais (mij) com n linhas e m colunas.
    • A matriz (Mij) correspondente à aplicação linear A é definida pelas igualdades:
(*) Aej=i=1naijej;jIm
    • Assim a matriz (aij) da aplicação linear A:mn tem como colunas os m vetores Aej=(a1j,,anj)n, transformados por A dos vetores da base canônica de n
    • Reciprocamente dada uma matriz (aij) com n linhas e m colunas, a igualdade (*) define os valores de uma aplicação linear A:mn nos m vetores da base canônica. Isto é suficiente para definir o valor de A em qualquer vetor am tendo-se Ax=j=1mxjAej
    • Cada matriz real n×m pode ser considerada como um ponto do espaço euclidiano nm, basta escrever suas colunas uma após a outra numa linha. Assim sempre que for conveniente, podemos substituir o conjunto 𝔏(m;n) das aplicações lineares de m em n; ora pelo conjunto M(n×m) das matrizes reais com n linhas e m colunas; ora pelo espaço euclidiano nm-dimensionalnm.
    • M(nxm)𝔏(m;n)nm são isomorfos.
  • Os funcionais lineares f:mnsão um tipo especial de aplicação linear.
    • Sejam yj=f(ej);jIm os valores que o funcional assume nos vetores da base canônica. Para qualquer am, temos a=i=1maiei, logo f(a)=i=1maif(ei), ou seja, f(a)=i=1myiai
    • Note que (y1,,yn) é a matriz 1×m da aplicação linear f
  • Seja πi:m;iIm o funcional que se anula em todos os vetores da base canônica exceto um, o vetor ei:
onde se tem πi(ei)=1. Então πi(a)=ai= i-ésima coordenada de am. Assim, πi é a i-ésima projeção do produto cartesiano m em . Os funcionais lineares πi;iIm constituem uma base do espaço vetorial 𝔏(m;n)=()* chamada a base dual da base canônica de m
  • Uma aplicação φ:m×np chama-se bilinear quando é linear separadamente em relação a cada uma das suas variáveis. Então é verdade que:
φ(a+a,b)=φ(a,b)+φ(a,b)
φ(a,b+b)=φ(a,b)+φ(a,b)
φ(αa,b)=αφ(a,b)
φ(a,αb)=αφ(a,b)
quaisquer que sejam a,am;b,bneα.
    • Se φ é bilinear então, para am e bn arbitrários vale:
φ(a,b)=φ(aiei,bjej)=aibiφ(ei,ej):
de modo que φ fica inteiramente determinado pelos mn valores φ(ei,ej)p que assume ns pares ordenados de vetores básicos(ei,ej). Note que φ(a,0)=φ(0,b)=0 quaisquer que sejam am e bn.

Produto Interno

O produto interno é a função <,>:(E×E).

  • simetria: <a,b>=<b,a>,a,bE
  • bilinear
    • soma: <a+a,b>=<a,b>+<a,b>,a,a,bE
    • produto: <αa,b>=α<b,a>,a,bEα
  • positivo: <a,a>>0, com a0

Lema 1 (Produto interno canônico)

Sejaf:n×n,f(x,y)=<x,y>
tome a,bn,<a,b>=a1b1+...+anbn=i=1naibi

Norma

Dado x,<x,x>=|x|2=i=1nxi2 é a norma do vetor x (norma euclidiana)

  • De maneira geral, n:n é uma norma então
    • n(a+b)n(a)+n(b)
    • n(αa)=αn(a)
    • n(a)0en(a)=0<=>a=0

Desigualdade de Cauchy-Schwarz

|<a,b>||a||b|,a,bn

Ver também

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