Álgebra linear/Transformações lineares

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Transformações Lineares

Definição

Predefinição:Definição

Existência de uma transformação

Sejam V e W espaços vetoriais sobre um corpo K, onde a dimV<. Seja {v1,v2,...,vn} uma base de V e w1,w2,...,wn vetores quaisquer de W. Então existe uma transformação linear T:VW,Tvi=wi,i=1,...,n.

Predefinição:Prova

Imagem de uma transformação linear

A seguir será discutido um exemplo de como achar a imagem de uma transformação linear. Considere T:22, definida por T(x,y)=(2x+3y,4x3y). O valor de T em um ponto (x,y) pode ser reescrito da seguinte forma:

T(x,y)=(2x+3y,4x3y)=x(2,4)+y(3,3).

Consequentemente, todo ponto da imagem é uma combinação linear dos vetores (2,4) e (3,3), isto é, tais vetores formam um conjunto de geradores para a imagem de T. Como poderá ser verificado pelo leitor[1], estes vetores também são linearmente independentes, constituindo portanto uma base para a imagem de T.

Núcleo

Predefinição:Definição

Teorema do núcleo

O núcleo de uma transformação linear é um subespaço vetorial do seu domínio

A demonstração é simples:

  • Ker(T) não é vazio, pois 0V é um elemento de Ker(T), já que T(0V) = 0W
  • Se v,wKer(T), então T(v) = T(w) = 0, logo, pela linearidade de T, T(v + w) = 0 e v+wKer(T)
  • Se λK e vKer(T), temos T(v)=0 logo T(λv)=λT(v)=λ0=0, ou seja, λvKer(T)

Posto e nulidade

Se dimV<, e T:VW

  • O posto(T) = dim Im(T),isto é, a dimensão da imagem de T(V), isto é, a quantidade de vetores L.I. que geram toda a imagem de T(V).

e

  • A Nulidade(T) = dim Ker(T), isto é, é a dimensão do núcleo de T(V), isto é, a quantidade de vetores L.I. que geram todo o núcleo de T(V).

Teorema do posto e da nulidade

Sejam V e W espaço vetoriais sobre o corpo K e T:VW. Se dimV<, então posto(T) + Nulidade(T) = dim V

Prova

  • Definindo a base do núcleo e a base do espaço:

Seja {v1,v2,...,vk} uma base do Ker(T). Existem vetores vj, com j=k+1,...,n onde {v1,v2,...,vk,vk+1,...vn} é uma base de V.

  • Definindo a base da imagem:

Como {v1,v2,...,vn} é a base de V, T aplicada nessa base gera um conjunto que gera a imagem de T por V. Aplicando T sobre os vetores da base de V, temos Tv1,Tv2,...,Tvn, mas Tv1=Tv2=...=Tvk=0, pela definição de núcleo. Assim os vetores Tvk+1,...,Tvn geram a imagem de T(V).

  • Provando que os vetores são independentes:

Como queremos uma base, eles devem ser independentes, isto é, devem ciK, tal que i=1ncivi=0ci=0,i=1,...,n.

Tomemos i=k+1nci(Tvi)=0T(i=k+1ncivi)=0. Logo w=i=k+1nciviKer(T). Como wKer(T),w=i=1kbivi,biK.

Portanto w=i=k+1ncivi=i=1kbivii=k+1ncivii=1kbivi=0. Como v1,v2,...,vk são L.I., então bi=ci=0,i=1,...,n.

  • Definindo posto e nulidade:

O Posto(T) = dim Im(T). Como Tvk+1,...,Tvn geram a imagem de T(V), logo o posto(T)= n - (k+1) +1 = n-k.

A nulidade (T) = dim Ker(T). Como {v1,v2,...,vk} é uma base do Ker(T), logo a Nulidade (T)= k - 1 + 1 = k

Como n = dim V, Nulidade(T)=k e Posto(T)=n-k, portanto Posto(T) + Nulidade(T) = dim(V).

Funcionais lineares

Definição

Predefinição:Definição


Predefinição:Teorema


Predefinição:Teorema

Predefinição:Definição

Corolários:

f=f(vi)fi
v=fi(v)vi

Teoremas

Predefinição:Teorema

Demonstra-se ainda que vo=f(ei)ei

Operador linear

Dizemos que T uma transformação linear, T:VV é chamada operador linear de T sobre V.

Adjunto de um operador linear

Definição

Predefinição:Definição

Demonstra-se que todo operador linear possui um e apenas um operador adjunto correspondente.

A partir da definição, podemos obter as seguintes conseqüências (prove!):

(S+T)*=S*+T*
(λT)*=λ¯T*
(ST)*=T*S*

Predefinição:Proposição


Predefinição:Corolário

Operadores especiais

  • Auto-adjunto (T*=T)
  • Unitário (T*=T1)
  • Normal (T*T=TT*)

Operador auto-adjunto

Predefinição:Definição Uma matriz A é auto-adjunta se At=A.

  • Se K=R, [T]α é chamada simétrica.
  • Se K=C, [T]α é chamada hermitiana.

Os seguintes enunciados são úteis na prova de teoremas do operador auto-adjunto:

Se T(u),v=0,u,vV, então T=0.
Se V é complexo e T(u),u=0,uV, então T=0.

Prove:

  • Se T*=T e T(u),u=0,uV, então T=0.
  • Seja T:VV, com V complexo. Então T*=TT(v),vR.

Operador unitário

Predefinição:Definição

Uma matriz A é unitária se At=A1


Prove:

  • T é unitário T(u),T(v)=u,v (T preserva o produto interno)
  • T é unitário |T(u)|=|u| (T preserva a norma)
  • T é unitário T1 é unitário

Operador normal

Predefinição:Definição Uma matriz A é normal se AA*=A*A

Prove:

  • Todo operador auto-adjunto é normal
  • Todo operador unitário é normal

É importante ressaltar, ainda, que existem operadores normais que não são unitários nem auto-adjuntos.

Subespaço invariante

Definição

Predefinição:Definição Dizemos também que W é T-invariante.

Exercícios

Prove:

  • Se W é T-invariante, então W é T*-invariante.
  • Se W é T-invariante e T é auto-adjunto, então W é T*-invariante.
  • Se W é T-invariante e T é inversível, então T(W)=W.
  • Se W é T-invariante e T é inversível, então W é T1-invariante e T1(W)=W.
  • Se W é T-invariante e T é unitário, então W é T1-invariante (ou T*-invariante).
  • Se W é T-invariante e T é unitário, então W é T-invariante.

Notas

  1. Ver por exemplo no Wolfram Alpha

Ver também

Wikipédia

Predefinição:AutoCat

en:Linear Algebra/Definition of Homomorphism