Mecânica Newtoniana/Trajetórias e geometria diferencial: diferenças entre revisões

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Edição atual desde as 14h48min de 31 de agosto de 2010

Elementos de geometria diferencial de curvas.

Trajetórias são curvas no espaço tridimensional. Para melhorar nosso arsenal de terminologia e objetos matemáticos à disposição para tratar trajetórias, vamos fazer uma incursão brevíssima sobre os capítulos introdutórios da geometria diferencial. Imagine que, a partir de certa posição inicial x0 deixemos transcorrer um intervalo de tempo infinitesimal dt. Neste intervalo de tempo, a variação no vetor posição será dada por:

dx=dxdtdt=vdt

A distância percorrida neste pequeno intervalo de tempo será então dada por:

ds2=dxdx=|v|2dt2

Logo, a distância entre dois pontos separados por uma distância finita na trajetória de um corpo puntual é dada por:

s(x1,x2)=t1t2ds=t1t2|dxdt|dt=t!t2|v|dt

Podemos usar para para parametrizar a trajetória a função s(t)=s(x(t),x0) com x0 um certo ponto inicial sobre a trajetória. Dessa forma podemos escrever a trajetória da forma:

x=x(s)

Vamos definir então o vetor τ como:

τ=dxds

Este vetor aponta sempre na direção tangente à trajetória, e será denominado simplesmente vetor tangente. O vetor tangente tem módulo unitário:

ττ=dxdxds2=ds2ds2=1

Repare que o vetor τ varia ao longo da trajetória e é, portanto, um função do tempo. Note que a velocidade é dada por:

v=dxdt=dvdsdsdt=v(t)τ

e portante é sempre paralela ao vetor tangente. A quantidade:

v(t)=dsdt

é a distância percorrida por unidade de tempo sobre a trajetória, comumente denominada nos livros de Física do Ensino Médio de velocidade escalar instantânea. A partir desse resultado podemos escrever então:

a=dvdt=ddt(v(t)τ)=dvdtτ+v2dτds.

Vamos definir neste ponto o que denominaremos vetor de curvatura:

k=dτds.

O vetor de curvatura é perpendicular ao vetor tangente, como podemos facilmente deduzir da expressão para o módulo de τ:

d(ττ)ds=0τdτds=0.

Definimos a função curvatura k(s) de uma curva espacial como o módulo do vetor de curvatura k. A razão dessa definição é que o inverso da curvatura é exatamente igual ao inverso do raio do círculo osculante à curva no ponto x(s), ou seja, do círculo que melhor aproxima o trecho infinitesimal da curva em torno deste ponto. Escrevendo de forma explícita:

k(s)=1R(s).

R(s) também é denominado raio de curvatura no ponto x(s). O vetor unitário associado a k é perpendicular à tangente da trajetória e é denominado vetor normal:

n=1kk.

Este vetor é unitário, perpendicular à tangente da curva e aponta sempre na direção do centro do círculo osculante.

Acelerações centrípeta e tangencial.

A expressão para a aceleração pode ser escrita na forma:

a=dvdtτ+v2dτds=dvdtτ+v21Rn

A aceleração pode ser, portanto, separada em duas contribuições, a aceleração tangencial:

at=dvdtτ,

e a aceleração centrípeta:

ac=v2Rn


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