Retórica e argumentação/Falácias/Petição de Princípio: diferenças entre revisões

Fonte: testwiki
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durante o exemplo 3, ao descrever os lados a, be c, note o "be" .O correto seria com estes separados, ficando: a, b e c
 
(Sem diferenças)

Edição atual desde as 03h25min de 27 de junho de 2024


Alguém comete falácia de Petição de Princípio (também conhecida como raciocínio circular) quando as premissas utilizadas para justificar a conclusão precisariam da mesma justificativa que a própria conclusão.

Exemplo 1: Devemos eleger Ludovico para o cargo porque ele é o mais apto.

Análise do Exemplo 1: A única razão legítima – ou seja, além de interesse pessoal, nepotismo etc. – para eleger uma pessoa para um cargo é por ela ser a mais apta. Assim, se já aceitássemos que Ludovico é o mais apto, não precisaríamos de um argumento para nos convencer elegê-lo; e se precisamos de um argumento para elegê-lo é porque ainda não o reconhecemos como o mais apto.

Exemplo 2: A boate está cheia porque entraram mais pessoas do que saíram.

Análise do Exemplo 2: Uma explicação satisfatória para o fato de uma boate estar cheia é justamente a motivação para tantos terem entrado e tão poucos terem saído.

Exemplo 3: Dado um triângulo de lados a, b e c, seja θ o ângulo oposto a c, a Lei dos Cossenos diz que c2=a2+b22abcosθ. Se θ for um ângulo reto temos

c2=a2+b22abcos90

c2=a2+b22ab0

c2=a2+b20

c2=a2+b2

O que prova o Teorema de Pitágoras.

Análise do Exemplo 3: Este é um ótimo exemplo de argumento válido e com premissas verdadeiras, mas que ainda assim é um argumento ruim. A Lei dos Cossenos é um teorema da trigonometria, área da matemática que se baseia nas propriedades geométricas do triângulo retângulo. Portanto, a Lei dos Cossenos já pressupõe o Teorema de Pitágoras.


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